Casa Verônica

Espaço na UFSM busca ser referência para comunidade LGBT+

Foto: Fernanda Redin Oliveira/Casa Verônica

No dia internacional do Orgulho LGBT+, celebrado nesta quarta-feira (28), entidades e ativistas ressaltam que o acolhimento e o respeito precisam andar juntos com a ação para que haja mudança. Em Santa Maria, as pautas e reivindicações de pessoas LGBT+ são um dos compromissos de uma das maiores universidades federais do país.

Na busca por combater a desigualdade de gênero, considerar as demandas da comunidade acadêmica acerca da temática e fortalecer o compromisso assumido com o Movimento ElesPorElas, da Organização das Nações Unidas (ONU), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovou a Resolução 64, em novembro de 2021, instituindo uma Política de Igualdade de Gênero. É a partir deste passo que surge e cresce a Casa Verônica, garantindo ações de promoção de igualdade de gênero e assistência no enfrentamento e responsabilização em casos de violência.

Casa Verônica

Anexo a Biblioteca Central, a Casa Verônica oferta desde atividades educativas, como rodas de conversa, oficinas e cursos, até atendimentos psicossociais e orientação jurídica.

– O diferencial deste serviço é contar com uma equipe que está apta e capacitada para trabalhar com as questões de gênero e em uma perspectiva interseccional também, considerando os marcadores das desigualdades. Podemos pensar que não é uma atuação neutra, mas, sim, uma que pensa nas experiências e como irão refletir na vida de cada pessoa – explica a administradora da Casa Verônica, Bruna Loureiro Denkin.

A atual equipe é composta por duas psicólogas, advogada, assistente social, jornalista e administradora, além de bolsistas e estagiários da psicologia e comunicação. Na medida em que for recebendo mais estudantes e servidores, o espaço também auxiliará no mapeamento da comunidade dentro do campus, uma vez que não são solicitadas informações sobre identidade de gênero ou orientação sexual no cadastro da instituição.

– Acredito muito que as questões de gênero nos atravessam desde sempre. Então, não podemos negligenciá-las quando falamos de vida e permanência dentro da universidade, que é como se fosse uma reprodução da sociedade. Como estamos falando de educação e formação, as questões de gênero precisam ser tratadas aqui também – argumenta a psicóloga Fernanda Alves, ao descrever a Casa Verônica enquanto um lugar seguro e referenciado para a comunidade.

Recursos

No contexto atual, a Casa Verônica conta com recursos de custeio para bolsas, materiais gráficos e de consumo fornecidos pela UFSM. O espaço também recebeu uma emenda parlamentar no valor de R$ 400 mil da deputada federal Fernanda Melchionna (PSol), que resultou na compra de mesas, computadores e outros itens, além da contratação da equipe multiprofissional.

De acordo com Bruna, os recursos foram essenciais para implantar o serviço na UFSM e atender a demanda existente. A expectativa agora é ampliar cada vez mais as ações realizadas:

– O que nós queremos é construir uma universidade que seja diversa, plural e que respeite às diferenças. Nós estamos aqui para mostrar isso: que essas pessoas não estão sozinhas e podem contar com a Casa Verônica.

Viva o Campus especial reúne mais de oito mil pessoas

Promovido pela Pró-Reitoria de Extensão (PRE) e pela Casa Verônica, o Viva o Campus Especial do Orgulho ocorreu no último domingo (25), reunindo mais de oito mil pessoas no campus da UFSM. O evento, que contou com a presença de expositores, atrações musicais e feira de artesanato, buscou reforçar a luta por visibilidade da comunidade LGBT+.

Escolha do nome

Escolhido pela comunidade em uma votação online com mais de 1,5 mil votos, o nome do local é uma homenagem a Verônica Oliveira, 40 anos (foto abaixo) ativista e proprietária de uma casa de acolhimento para pessoas da comunidade LGBT+, localizada em um bairro na Região Sul. Vítima de transfobia, ela foi morta a facadas no centro de Santa Maria em 12 de janeiro de 2019.

Foto: Germano Rorato (arquivo/Diário)

Casa Verônica

  • A equipe da Casa Verônica é composta por duas psicólogas, advogada, assistente social, jornalista e administradora, além de bolsistas e estagiários da psicologia e comunicação
  • O atendimento ocorre mediante agendamento. Para solicitar acolhimento psicossocial, acesse o formulário ou encaminhe e-mail para acolhimentocv@ufsm.br
  • Horário de funcionamento – De segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 13h30min às 17h30min
  • Para mais informações, entre em contato pelo e-mail casaveronica.pre@ufsm.br, pelos telefones (55) 3220-9335 ou (55) 9159-8978 ou @casaveronicaufsm no Instagram


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Arianne Lima

arianne.lima@diariosm.com.br

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